PAOLLA OLIVEIRA E O ABORTO GLAMOURIZADO
O útero feminista como palco da insensatez moderna.
“Acho que toda vez que a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar, [que faz] as decisões não serem só nossas, as escolhas não serem só nossas (...), escolher ter filhos, escolher ter um aborto. Isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor”. Foi com essa leveza de quem comenta uma nova paleta de sombras que Paolla Oliveira, em rede nacional - no programa Roda Viva [05/05/25] - defendeu o aborto como quem defende uma receita de suco detox para o emagrecimento.
No Brasil de 2025, uma atriz global se senta num programa sério (ou pelo menos que finge ser), sorri, e fala da possibilidade de matar um filho como quem fala da possibilidade de cortar a franja. E tudo isso sob o véu da empatia, da liberdade, da estética do "se sentir bonita da maneira como a gente é". O feto, coitado, não teve tempo de decidir se queria se sentir bonito. Teve a cabeça aspirada antes.
É curioso — e um tanto trágico — que alguém como Paolla, cuja profissão exige decorar roteiros, repita frases de militância como se fossem dogmas sagrados sem o mínimo de reflexão racional.
"Escolher ter filhos, escolher ter um aborto" — ela coloca as duas coisas lado a lado, como se estivéssemos falando de brunch ou jejum intermitente. O nascimento ou o extermínio — ambos catalogados sob o rótulo de “escolhas da mulher”. E aí está o cerne da aberração: transformar o assassinato intrauterino em escolha pessoal, em lifestyle, em empoderamento.
Não, minha cara Paolla, aborto não é um corte de cabelo. Não é sobre “ter o corpo que a gente quer”.
Você pode fazer tatuagem, botar silicone, raspar a axila. Mas não pode matar um bebê com uma injeção de cloreto de potássio no coração dele.
Essa não é uma “questão da mulher”. É uma questão da civilização. Da fronteira entre o humano e o selvagem.
Mas você acha que é “um grande retrocesso” não pensar o aborto como possibilidade? Vamos conversar sobre retrocessos, então. Retrocesso é quando um país civilizado que deveria proteger a vida começa a flertar com sua destruição legalizada. Retrocesso é acreditar que o útero virou um açougue. Retrocesso é fingir que o filho, com DNA próprio e batimentos cardíacos, é apenas uma “escolha” de quem o carrega.
Aliás, essa história de ‘meu corpo, minhas regras’ já virou jargão ultrapassado de feminista de TikTok abandonada pelo pai na adolescência. Porque o feto não é seu corpo, Paolla. Ele está no seu corpo, mas não é você.
Você pode até negar a realidade, mas ela não vai sair de cena só porque você quer atuar.
Mas por que isso assusta? Porque o feminismo transformou o aborto em símbolo de liberdade. Ensinando às mulheres que sexo é lazer, prazer, diversão. E que qualquer resultado orgânico disso pode (e deve) ser descartado como um lixo hospitalar.
Não querem responsabilidade. Querem gozar e deletar.
Se você transa, minha cara Paolla, você assume o risco de engravidar. Simples assim!
Sexo é — pasme — um ato biologicamente voltado à reprodução. Não é um karaokê genital. Não é um joguinho de aplicativos. E isso não é ‘moralismo reacionário’. Isso é fato, algo que essa turma militante aboliu do dicionário.
A verdade é que o aborto é a confissão de uma sociedade que odeia sua própria continuidade. É a negação do ventre como sementeira da vida, e a celebração da mulher como fábrica de descarte. E as celebridades que o defendem, como Paolla, não são revolucionárias — são apenas fantoches de um discurso pasteurizado, raso como uma piscina infantil, e perigoso como toda burrice revestida de causa nobre.
E aqui vai uma pergunta incômoda — daquelas que militante feminista nenhuma responde:
Você já viu um aborto? Já assistiu a um? Já leu o procedimento clínico? Já viu como se tritura um bebê formado com instrumentos de metal? Já viu o crânio esmagado? Já assistiu o coração parando de bater? Os bracinhos desmembrados? Não?!
Então você não está opinando. Está recitando. Está emprestando sua fama a uma causa que você não entende e não se deu ao trabalho de entender.
Uma amiga jornalista me contou a respeito de uma entrevista que fez com uma dessas militantes do direito de abortar. A conversa corria bem, cheia de clichês feministas, até que ela fez uma pergunta simples: “você sabe como se faz um aborto?” A resposta: “não.” A jornalista, então, descreveu — sem rodeios, sem eufemismos. Falou da injeção no coração, da parada cardiorrespiratória, da dilaceração por um triturador, de membros arrancados por sucção. A militante empalideceu espantada. Gaguejou. E murmurou: “preciso pensar.”
Esse é o ponto: ninguém quer pensar. Porque pensar exige sair da bolha da ideologia. E a ideologia, essa religião secular, não aceita reflexão — só repetição. Paolla é só mais um produto dessa máquina. Ela não é a vilã. É a vitrine.
Paolla, minha cara, você pode ser ótima em cena (ou não). Mas fora do palco, lhe falta o básico: conhecimento, sensatez, coragem para pensar antes de repetir.
O que você disse não é opinião — é publicidade de uma tragédia. E não importa o quanto a Globo ou os seguidores da Choquei batam palmas: aplaudir o aborto é aplaudir o silêncio eterno de quem nunca teve voz.
No monólogo da ideologia, Paolla Oliveira revelou o colapso cultural de nosso tempo: quando a ignorância chega ao útero, a civilização já está em coma.